Lembro que na oitava série, ou tempos antigos, olhava os quadros de Volpi com uma curiosa comicidade de como poderia ter feito sucesso.
Aqui ,em Jequié, tudo me lembra Volpi.
E não tenho dúvida do fascínio que as bandeirolas exerciam sobre ele: ele agora está exercido em mim.
"Volpi nasceu em Lucca, na Itália, em 1896.Sempre valorizou o trabalho artesanal, construindo suas próprias telas, pincéis. As tintas eram feitas com pigmentos naturais, usando a técnica de têmpera.Foi um auto didata. Sua evolução foi natural, tendo chegado à abstração por caminhos próprios, trabalhando e dedicando-se a essa descoberta. Nunca acreditou em inspiração.Alfredo Volpi não participou dos movimentos modernistas da década de 20, apoiados pela elite brasileira. Manteve-se à parte desses grupos. Não teve acesso aos mestres europeus, como era comum na época. Nos anos 50, as bandeirinhas das festas juninas, de Mogi das Cruzes, integraram-se às suas fachadas. Posteriormente, destacou-as do seu contexto original. A partir da década de 60, suas pinturas são jogos formais: todos os temas são deixados de lado e as bandeirinhas passaram a ser signos, formas geométricas compondo ritmos coloridos e iluminados.Volpi morreu aos 92 anos, em 1988, em São Paulo. "
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